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Anestesias para a radioterapia de Bárbara

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Anestesias para a radioterapia de Bárbara
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Vaquinha criada em: 06/06/2020

Oi! Não sei como você veio parar aqui, mas espero que esteja tudo bem. Vejo minha irmã, minha mãe, as enfermeiras e as médicas usando máscaras no rosto, assim como luvas nas mãos quando precisam mexer comigo para medir a temperatura, a saturação, os batimentos cardíacos e coisas do tipo. Soube que estamos em uma pandemia, mas não entendo muito bem. Sei apenas que todo mundo fica preocupado quando preciso sair do quarto e colocam uma dessas máscaras em mim, pedindo para que eu não a retire do rosto. Me incomoda, eu fico com vontade, mas todos parecem tão receosos por eu não usar que tenho deixado e tentado me esquecer do incômodo. Hoje, porém, não quero falar especificamente disso. Quero me apresentar e pedir ajuda, porque infelizmente estou precisando. Queria mesmo era estar em casa, com minha família, brincando com minha cadelinha e correndo pelos cômodos, desenhando nas paredes e sumindo com as coisas da minha irmã.

Meu nome é Bárbara e tenho seis anos. Sou campista, sempre gostei de desenhar e de assistir aos desenhos na televisão. Sou autista, falo pouco e hoje sei mexer mais no celular da minha família que eles. Gosto muito de tirar foto e de fazer vídeos; minha irmã costuma dizer que eu levo jeito para a coisa. Acho graça, mas não sei como expressar isso. Tudo mudou no início de maio de 2020, quando minha família percebeu que eu estava diferente. Queria poder ter explicado os meus sentimentos, ter dito que algo estava errado, mas eu não consigo me expressar muito bem até o momento. Ainda bem que meu corpo me ajudou, embora tenha sido difícil pra mim: eu, que sempre corri, passei a não conseguir andar sem apoiar nas coisas em casa. Cheguei a cair do sofá sozinha por ter me desequilibrado do nada. Foi por isso que decidiram me levar para o hospital e descobriram, por tomografia, que estou com um tumor no cérebro. 

Eu não entendo, mas ouvi as pessoas dizendo aqui no quarto que tumores cerebrais são difíceis de lidar e que o tratamento envolve muito dinheiro. Não nasci em berço de ouro, porém o básico e o amor nunca faltaram. Agora, porém, preciso fazer 30 sessões de radioterapia e pelas minhas condições as médicas disseram que tenho que ser anestesiada. Além de todos os problemas que isso envolve, cada anestesia custa R$950. Mesmo sem tantas condições de bancar a situação, minha família iniciou o tratamento pela urgência e com a ajuda de familiares e amigos. Estava tudo certo, até que perceberam a necessidade de uma ajuda externa: é muito dinheiro envolvido, infelizmente. Sempre ouvi em casa que o coletivo é forte; sozinhos não somos ninguém. Acho que é verdade, porque tenho ganhado tanto carinho de tantas pessoas que os incômodos parecem ser menores.

Tenho um glioma difuso de ponte em grau máximo no meu tronco cerebral. Sim, naquela parte pequena da cabeça que é responsável por todas as funções vitais de um ser humano, como falar, ver, andar, respirar, se equilibrar. Tem sido difícil, pois ele está grande e crescendo, mesmo tendo iniciado o tratamento; ouço isso o tempo todo, mesmo não entendendo muito bem. Parece que a radioterapeuta que está cuidando de mim deu um código médico para o que eu tenho: CID 10 C71. Meus irmãos pesquisaram e as médicas também falaram que há outra forma de chamar o que eu desenvolvi sem querer: DIPG. Toda vez que alguém fala dele no quarto de hospital eu percebo um clima triste no ar, como se as pessoas quisessem chorar. Só que eu estou viva. Estou me tratando. Tenho esperança de dias melhores; acredito que virão de novo. Preciso, porém, de ajuda.

Como eu disse antes, cada sessão de anestesia para a radioterapia custa R$950. Minha família já pagou cinco, mas ainda restam 25, e eles têm se preocupados com os medicamentos e os cuidados especiais que precisarei ter quando sair do hospital. Foi por isso que minha irmã e meu irmão conversaram, eu ouvi enquanto via desenho no celular dela, sobre criarem uma vakinha virtual para quem puder contribuir poder me ajudar. 

Minha irmã gosta de escrever, mas não é tão boa com cálculos de cabeça. Dessa maneira, pela calculadora do celular descobriu que o valor necessário para as sessões restantes de anestesia para a radioterapia é de R$23.750, mas como o site possui suas taxas, achou mais seguro inserir R$25.000 na meta. São muitos números. Estou acostumada apenas com dois. Sei contar só até dez; nem aprendi a pronunciar esse tanto de que preciso ainda.

Não sei se você poderá me ajudar com a meta, mas se puder já deixo o meu obrigada registrado. Quero voltar a fazer as minhas coisas, a brincar com as minhas bonecas, a caminhar sem sentir tanto peso no corpo e a ver as minhas mãozinhas me obedecendo para desenhar. Quero voltar a cantar sem sentir a garganta pesando e a língua querendo me boicotar. Quero voltar a ser uma criança normal, mesmo sabendo que ainda não há cura para o tumor que nasceu na minha cabecinha. Tem tratamento. Eu quero me tratar, eu quero ficar boa. 

Eu ainda não sei ler ou escrever direito, mas gosto de ouvir histórias. Minha irmã gosta muito delas e sempre gostei do jeito que as conta para mim. Foi por isso que a pedi para escrever esse texto; não precisei falar, mas o meu abraço e meu olhar para ela quando decidiram tentar essa forma de me ajudar já foram suficientes para entender.

Se você não puder ajudar financeiramente, compartilhe esse link e mande energias boas para mim? 

Caso você prefira fazer depósito bancário, entre em contato com a minha irmã pelo Instagram (@jotateve) para que ela converse com você e te informe os dados! Você também pode me acompanhar nessa luta lá pelo perfil que ela criou pra mim (@recuperababi). #somostodosbabi

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