Campanha Festival - A FOME NÃO ESPERA - FAPIBSP
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Campanha A Fome Não Espera - FAPIB
A campanha A Fome Não Espera está possibilitando condições mínimas de sobrevivência para as comunidades indígenas e viabilizando que permaneçam isolados em seus locais de residência, reduzindo as possibilidades de contágio com o Covid-19.
O Festival foi criado para sensibilizar as pessoas da sociedade civil sobre a situação difícil que as comunidades indígenas estão vivendo neste momento e mobilizá-las para que se solidarizem e apoiem efetivamente esta campanha.
QUEM SÃO OS POVOS INDÍGENAS EM SÃO PAULO?
De acordo com o Censo de 2010, do IBGE, 41.794 indígenas autodeclarados vivem no Estado de São Paulo. De acordo com a FUNAI, aproximadamente 6.000 indígenas vivem em 88 aldeias distribuídas em pequenos territórios em regiões da Grande São Paulo, Litoral Norte e Sul, Vale do Ribeira e no Oeste e Sudoeste Paulista. A população indígena aldeada é constituída por comunidades dos povos Guarani Mbya, Terena, Krenak, Kaingang, Tupi-Guarani, Kaimbé, Pankararé e Wassu-Cocal.
Cerca de 35.000 indígenas vivem nas áreas urbanas da Grande São Paulo e de outras regiões do Estado. Distribuem-se em núcleos familiares vinculados aos povos Fulni-ô, Pankararu, Pankararé, Kariri-Xocó, Xucuru, Kaimbé, Wassu-Cocal, entre outros. A maioria dessas pessoas permanece em total condição de invisibilidade. Eles não possuem relações com as organizações indígenas e sobrevivem à margem das políticas públicas indigenistas.
Grande parte dos indígenas que vivem em contextos urbanos são provenientes do Nordeste, de onde vieram, desde a década de 40 do século passado, acompanhando o fluxo migratório de populações nordestinas para a região Sudeste, fugindo da seca, dos violentos conflitos pela terra e em busca de melhores condições de vida.
A presença indígena nos contextos urbanos do Estado de São Paulo se amplia se considerarmos os milhares de imigrantes indígenas (dos povos Aymara e Quechua, sobretudo) oriundos da Bolívia, Peru e outros países latino-americanos.
As atuais condições de vida dos povos indígenas aldeados e dos que vivem em contextos urbanos se assemelha à das populações periféricas, com elevados índices de pobreza que os situam no topo da escala de vulnerabilidade.
O advento da pandemia agravou esta situação, inviabilizando a realização de atividades de geração de renda que a maioria das comunidades costuma fazer para sobreviver, sobretudo a produção artesanal, as apresentações culturais e o etno-turismo. As comunidades adotaram o isolamento social, passando a depender de recursos externos, neste período, para garantir a sobrevivência das famílias.
O que é a FAPIB?
A FAPIB é uma rede constituída por indivíduos, coletivos e organizações da sociedade civil que apoiam e se identificam com as lutas do movimento indígena brasileiro. Estruturou-se em abril de 2020, atendendo a um apelo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil/APIB, com o objetivo de mobilizar recursos e apoiar as comunidades indígenas que estão sendo profundamente afetadas pela Covid-19 e pelas políticas genocidas do governo Bolsonaro.
A área de atuação da FAPIB, está focada, neste momento no Estado de São Paulo e litoral sul do Estado do Rio de Janeiro. O apoio e compromisso da FAPIB se estende, indistintamente, a todos os indígenas que vivem nas aldeias e nos contextos urbanos,.
A FAPIB precisa do seu apoio! Venha somar e fortalecer na luta contra a fome nos territórios indígenas do estado de São Paulo e auxiliar com que as populações possam permanecer em isolamento social!
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