Oi, gente, me chamo Luan, tenho 27 anos e sou homem trans. É com muita dor , tanto física quanto emocional que relato o que aconteceu comigo.
Por muitos anos morei com minha família e meu padrasto. Tantas vezes eu avisei e ninguém nunca me ouvia. Meu padrasto me ameaçava de todas as formas, me espiava enquanto eu tomava banho, eu sempre avisei, mas ninguém de casa me dava ouvidos.
Sempre fui considerada a “errada” da família, por ser trans e não frequentar a igreja como todos daqui vão. Perdi as contas de quantas vezes tive que sair de casa, passei frio, fome, medo…
Dessa vez a ameaça se tornou real. Fui golpeado pelo meu padrasto, no rosto e na mão, com um facão. Corri pela rua, ensanguentado, sem rumo e pedindo a Deus para não morrer. Me levaram ao hospital. Foram vários pontos no rosto e na mão. perdi o movimento de 2 dedos e não sintos parte do meu rosto. Ele está preso, mas dizem que logo pode sair, temo pela minha vida. O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ do mundo e graças a Deus, estou aqui vivo, pedindo a ajuda de vocês.
Peço de coração, qualquer ajuda, para que eu possa fazer meus exames, ir aos médicos e comprar meus medicamentos. Não trabalho, não tenho nada a não ser minhas roupas. Obrigado pela sua atenção.
Luan.