Há alguns meses o edema da minha córnea está ficando maior, o que tem levado a uma piora na minha capacidade de enxergar. O edema é consequência dos muitos procedimentos realizados para tratamento do glaucoma ao longo dos anos. Em função do quadro, a opção pelo transplante foi protelada o quanto deu, Só que agora não dá mais.
Inicialmente, será tentado um transplante parcial (que consiste em remover a parte da córnea que está comprometida e colocar novas células epiteliais no lugar), pois é menos arriscado e invasivo do que o tradicional. Caso não dê certo (ou seja, havendo rejeição ou não melhora do quadro em dois meses após a realização da cirurgia), será tentado o transplante tradicional (que troca a córnea toda). Por quê? Porque se fizéssemos o transplante tradicional de cara e desse ruim, não teria mais nada a se fazer.
É importante ressaltar que nenhum desses procedimentos garante a manutenção da minha visão. Ao mesmo tempo que pode haver uma melhora (dada a troca do tecido opaco, que é o que embaça a vista, por um novo), pode levar à perda (porque mexer na córnea pode desestabilizar o glaucoma). A questão é: ou eu tento e perco, ou só espero perder sem tentar. Quem me conhece, sabe: tentar é a opção.
O plano de saúde não cobre esse tipo de transplante parcial, de modo que haverá uma despesa de aproximadamente R$ 10.000,00 (dez mil reais). Eu não tenho esse dinheiro no momento, mas a boa notícia é qu ainda há tempo para juntar, pois o tempo de espera na "fila" do banco de olhos de Brasília é de cerca de 6 (seis) a 8 (oito) meses. Então cá estou eu, pedindo a ajuda de vocês (se não com dinheiro, com orações e bons pensamentos).
Em troca, sorteei entre aqueles que contribuíram até o dia 20/12/2019 minha trilogia de O Demolidor ("Aquele herói que é cego e muito foda?" Sim!), escrita pelo Frank Miller e Klaus Janson. É uma edição de capa dura que custa cerca de R$ 300,00 (trezentos reais) por aí, além de ser super difícil de encontrar hoje em dia.
Finalmente, caso seja do interesse de alguém conhecer o que faço com essa visão que me resta, além de ler e manter as maratonas em dia, deixo aqui o link para o meu canal no YouTube, o #passeadiante com Laísa Cardoso. É um espaço em que falo, sim, sobre deficiência, mas sem vestir as fantasias de heroína ou de coitada; é onde divido informações, experiências e questionamentos diversos.
Então é isso.
Desde já, agradeço.